"O foco é resgatar e salvar vidas", afirma governador Eduardo Leite sobre as enchentes na Região Central

Tayline Manganeli

Foto: Maurício Tonetto (Palácio Piratini)

O governo Eduardo Leite coordena o Gabinete de Crise que define as ações diante da chuvarada

A forte chuva que atinge Santa Maria e outras cidades da Região Central provoca transtornos como alagamentos, destelhamentos, mortes, queda de pontes e rodovias bloqueadas. Entre a meia-noite e às 13h30min desta quarta-feira (1º), choveu 122 milímetros em Santa Maria, segundo a BaroClima Meteorologia. Abril se despediu sendo o mês mais chuvoso da história no município, com 645,7mm.

Com o aumento do volume de chuvas, o governo do Estado acionou o Gabinete de Crise afim de traçar um diagnóstico das principais ocorrências registradas pelas equipes e alinhar ações emergenciais para as diferentes regiões do Rio Grande do Sul. No começo da tarde desta quarta-feira (1º), o governador Eduardo Leite (PSDB) falou ao vivo à Rádio CDN 93.5 FM e esclareceu que o foco das estratégias está totalmente voltado a salvamentos e resgates.

– Sem dúvida, estamos vivendo um momento crítico. Eu conversei hoje com o prefeito Jorge Pozzobom e decidimos que o foco são os salvamentos. Em eventos climáticos anteriores, teve chuva torrencial, rios subiram, mas tinham condições climáticas favoráveis para atuar com aeronaves e realizar os resgates. Agora, é diferente. Estamos com muitas dificuldades, com chuvas intensas. Por enquanto, os helicópteros do governo não estão conseguindo sobrevoar – afirmou Leite. 

Na entrevista, o chefe do Piratini afirmou que os governos de Santa Catarina e São Paulo enviarão helicópteros com maior estrutura para reforçar a ação das equipes, assim que as condições de tempo permitirem. Ao mesmo tempo, o Gabinete de Crise realiza um levantamento das localidades afetadas, principalmente entre a Região central do RS e o município de Sinimbu, no Vale do Rio Pardo. 

Questionado sobre a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leite disse que solicitou apoio do Exército e que este já está em campo no Estado para resgatar pessoas:

– O que eu pedi foi para que desloquem ao Rio Grande do Sul todo o apoio que tiverem para resgate. O Exército está com botes e maquinários, mas atua com restrição. A situação já é crítica e, infelizmente, com a projeção que temos, vai se agravar ainda mais.

O pedido do governo é para que as pessoas evitem deslocamentos desnecessários nas cidades. No entanto, pessoas que estão em localidades de risco, com possibilidades de inundações, deslizamentos de terra e enxurradas, devem sair de casa e procurar abrigo.

Quanto à falta de água, Leite pediu para que as pessoas se tranquilizem e garantiu que não terá desabastecimento. 

– Estamos providenciando caminhões-pipa e buscando caminhos possíveis para que eles cheguem às cidades. Também temos estoque suficiente de água mineral para garantir o abastecimento. Peço as pessoas que não haja comportamento inconsciente quanto à compra de água. Vamos levar, vamos garantir o abastecimento –  acrescentou ele.  

Ainda na entrevista, o governador afirmou que mais de R$ 500 milhões foram deslocados de outros recursos para atender as situações emergenciais. 


Saiba o que fazer em caso de alagamentos e inundações

A orientação da Defesa Civil alerta para que moradores de zonas suscetíveis a cheias adotem medidas preventivas:

  • Se puder, permaneça em casa;
  • Esteja atento aos boletins meteorológicos e alertas de emergência emitidos pelo Estado;
  • Siga as instruções das autoridades locais e utilize as rotas de evacuação recomendadas;
  • Evite o deslocamento para regiões afetadas;
  • Se morar em área de risco, abandone o local com antecedência;
  • Separe os documentos importantes e embale-os em sacos plásticos;
  • Ao sair, desligue a chave geral de eletricidade, água ou gás;
  • Evite atravessar as águas de carro ou a pé;
  • Se ficar isolado em local inseguro, chame imediatamente o Corpo de Bombeiros (193);
  • Encha recipientes com água potável para uso em caso de interrupção no fornecimento.

O que fazer se estiver dirigindo durante uma inundação

  • Não enfrente cursos d’agua com correnteza, pois você e seu veículo podem ser arrastados;
  • Caso seja surpreendido por uma inundação, fique atento ao nível de água observando os demais veículos;
  • Se o nível da água tiver ultrapassado o meio da roda, desligue o veículo, desça e, a pé, procure um lugar seguro para permanecer;
  • Se o nível da água tiver ultrapassado o nível da porta, desça pela janela do carro, suba ao teto do veículo e pegue um cinto de segurança para se segurar até a chegada do resgate;
  • Somente siga dirigindo, com a atenção redobrada, se o nível da água estiver abaixo do nível da roda.​

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